segunda-feira, 19 de março de 2012





COISAS DO MEU RIO GRANDE
 



Ele tem o cheiro da terra molhada,
e nos olhos a calmaria da invernada;
noite que despenca em sonho,
manhã que se cumpre em promessas,
a esperança viva,
na dança e na alegria.


No seu dorso a lua faz seu achego,
no jeito campeiro o sol se faz morada
no flete que dispara em seus campos
as estrelas descançam tranquilas,
clareando a sua estrada.


Faz de mim a tua voz e o teu grito,o pranto e o sorriso de quem nunca se entregou;
ele é minha terra, meu destino e meu abrigo;
ele é meu caminho, ele é o que sou.


Não te enganes, não...
se tu não sabes de quem falo nesta canção,
estes versos, simples versos, são pra dizer...meu Rio Grande sou tão teu, que meu eu és tu.


Não te enganes, não...tu não sabes do que essa gente é capaz,
nos teus campos toda a dor se refaz;
em teu berço, a tua História não dorme jamais.
Faz de mim tua bandeira, que voa livre ao vento; nestas fronteiras, em meu cavalo, galopa a tua virtude, presa no arreio;


Sou o teu povo, aguerrido, sou, do teu ventre, o teu filho.
Não te enganes, não...
tu não entendes o que sinto em meu peito;
o teu dele carrego junto, em meu lenço;
nasci de suas entranhas, e não conheço a derrota:tenho orgulho de ser o que sou:sou gaúcho, de laço e de espora.


E se tu queres saber destas coisas,que te canto agora,me dá a mão, vem pra cá, não demora;no meu Rio Grande, o amor é a nossa História!


Texto: Andrea Rodrigues e Jorge Webber ( El chango Duarte)
Foto: Eduardo Rocha